sábado, 23 de outubro de 2010

"Imagem e Semelhança"


Existe um pensamento bíblico que diz que fomos criados á imagem e semelhança de Deus, mas o que isso significa?
Qual imagem e semelhança, já que o Deus que conhecemos é espírito?
Imagem não é aquilo que podemos ver, mesmo que no inconsciente?
E que poderes eu tenho, quem sou eu, sendo a semelhança do todo poderoso?
Deus criou o homem do pó (barro, como queira chamar) e deu a ele vida, tendo tanto uma parte material (corpo) como uma imaterial (alma).
Qual parte seria de Deus?
Quem seria Deus na verdade?
A sua imagem e semelhança, não seria um tanto isso?
Qual palavra o define na sua totalidade?
Será que as palavras têm esse poder de definição? Ou a criação e o criador são bem maiores que elas?
Então o que nos define?
A questão é: Somos seres que se definem, tendo em vista que somos multáveis?
“?”


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Estudo Sobre Rodolf Laban

Laban também conhecido como Rudolf Von Laban, nascido na Áustria, em 15 de novembro de 1879. Dançarino, coreógrafo, educador, considerado como o maior teórico da dança do século XX e como o "pai da dança-teatro". Dedicou sua vida a sistematizar e conhecer a linguagem da dança em seus diversos aspectos: criação, notação, apreciação e educação.
A expressão dança-teatro era usada por Rudolf Von para descrever uma arte independente das outras; com coreografias que incorporavam movimentos do cotidiano e movimentos abstratos em uma forma narrativa. É uma dança com "efeito de teatro”.


A o estudar Laban percebi que o corpo é a base, é a expressão da sua existência, um instrumento de trabalho muito importante para o artista e com ele expressamos qualquer sentimento, sendo ele num espetáculo de dança ou teatro.

Por Iorrana Santos

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Novo Seth

Ih! Eu acho que cair, cair de para-quedas bem no meio do palco. Nesse palco tinha sete atores. Quatro homens e três mulheres. Uma atriz eu conhecia perfeitamente. Outra atriz eu conhecia, mas não é pra tanto. Três dos quatro atores eu tinha uma simpatia distante. Um deles eu tinha planos de musicais. A última das atrizes me indagou: "ele não fala não?".
"Bem, falo sim!" ´Respondi ainda ofegante, pois foi a pedido da atriz, que eu conhecia perfeitamente, que eu estava ali. Pra iluminar o palco, pra clarear o que estava um pouco apagado, pra dar vida a Emmanuel Nabuco, o iluminador. Sem intenção nenhuma de me tornar ator naquela companhia.
Faço teatro a 2 anos. Entrei por acaso na Cia de teatro Setheatos. Com a saída provisória de Izza alif, servi de "tampa-buraco", digamos assim. Assumo o pecado da Ira. Nossa! Da salinha obscura ao lado do operador de som para os palcos de onde cair de para quedas. um salto enorme.
E é com enorme prazer que me junto provisoriamente aos Seth para o espetáculo performático "Óráculo" que farei Era, a mulher de Zeus. Perfeito não?! É, ator não pode escolher personagem. Será uma surpresa para quem assistir ao espetáculo, tão quanto um desafio para mim.

Emmanuel Nabuco

Bacante


De tudo fica apenas a vontade...

O desejo

Não é culpa minha

Recebi fácil dos Deuses

Sempre o tive

Independente de qualquer caixa

É o que eu sou de fundo

As qualidades que recebi

Resumem-se a mim mesmo

Pleno ainda que mortal

Narciso?

Não... Pandora!

Dioniso.

Silas Samarky

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Postura do Ator


Não quero iniciar um curso, “ A forma correta de Encena “, muito mesmo ditar normas e regras pra ninguém .E sim dizer o que move de verdade uma cena , um espetáculo , é a paixão por teatro . O amor do fazer teatro é o essencial principalmente no Teatro Pernambucano que não se tem uma abertura rápida . A verdadeira postura do ator é doar-se aquilo que se propõem a fazer, quando há a doação tudo Flui. E nunca pensar em fazer o perfeito até porque nunca irá, a busca tem que ser pelo aperfeiçoamento e não pelo perfeito. O ator é criador da sua imaginação a partir da observação cotidiana, o auto-conhecimento é fundamental na criação de um “papel” teatral, ainda mais num trabalho como "Oráculo" onde nós atores nos tornamos criadores e criaturas, onde o trabalho é construído diante as coisas que levamos do externo para o interno, ou do nosso interno para o externo, que é o trabalho . O ator também se baseia em estímulos visuais, sonoros, textos e outros, previamente já concebidos pelo mesmo ou criados através de improvisações individuais ou coletivas. A pesquisa do trabalho e a busca da fundamentação da performance é primordial.

Izza Alifer

A Caixa de Pandora o Oráculo

Presentes

Diante as nossas pretensões de vida subimos degraus ou descemos
Somos aquilo que queremos ser... Ter ou vender
Somos retratos... Com a família uma pose, com os amigos outra, sozinhos outra
Temos desejos incontroláveis... Verdades que são maiores mentiras
Assumimos para nós o perfeito, o belo... A nossa maior imperfeição
Vivemos de regras quebradas, tecnologias avançadas... E depressão,
tédio, remédios
No que somos perfeitos é que erramos... Com maestria é claro
Silenciamos quando era pra se gritar... Gritamos no mais profano silêncio
Não que tudo isso seja errado... Porque o erro não existe
O que existe são presentes que damos ou recebemos... Onde a consciência está no fundo.

Silas Samarky

Vaidade


Até que ponto você iria pela sua vaidade?Tem gente que vai longe e acaba alcançando a monstruosidade. Acredito que alguns de vocês já ouviram aquela frase: "se melhorar estraga" pois bem,
Não é fácil viver numa sociedade onde os valores são reduzidos a dinheiro e beleza, mas também não é impossível. Porque o que se é, jamais mudará. Cedo ou tarde, a carcaça cai e o que fica são os seus valores éticos, intelectuais, valores que dinheiro algum pode comprar e que, quando são reconhecidos, dificilmente são esquecidos.
A vaidade, é o desejo exagerado de atrair a admiração dos outros, tornando-se uma pessoa fútil, presunçosa e instável.

é uma qualidade para enfrentar o mundo, o problema é quando vira uma obsessão e cai no narcisismo.
Estamos vivendo um tempo em que a imagem tem um peso muito grande, e nesse tempo o narcisista anda nadando de braçada".

Iorrana Santos

Estréia





"ORÁCULO"


Oráculo é um trabalho que junta o teatro performatico, o teatro físico e o teatro dança. Tomamos para encenar o mito de Pandora, um mito grego, como resultando na relação hoje vivida dos homens, relação de carne, voraz, instável. Ganhamos dos deuses "males" que hoje atentam nosso bem convívio, ganhamos o modernismo, a era tecnológica, a vaidade, sexo, ganhamos o prazer de ser livre, decidir ser ou não ser algo, viver as margens. Mas deixamos ao espectador a necessidade de colocar na balança do bem ou mal, bom ou ruim. o trabalho é resultado de um período de experimentação para um outro trabalho em processo de montagem paralelo a esse, o espetáculo "Seth", sobre os Sete Pecados Capitais, cujo faremos menção no Oráculo. O espetáculo não tem texto como base e sim o gestual, a utilização do corpo para dar a força e intensidade do mito escolhido. 

Elenco:                                        Personas:
Caio Delmas                                 Narciso
Dhyego Mardier                            Hades
Emmanuel Nabuco                        Prometeu
Iago Dzetell                                  Zeus
Iorrana Santos                              Pandora
Karine Rodrigues                          Afrodite
Silas Samarky                               Dioniso


Direção: Silas Samarky
Sonoplástia: Ellielton Leite
Iluminação: Izza Alifer
Cenografia e Maquiagem: Criação Coletiva


Cia SETEATHOS de Teatro

terça-feira, 30 de março de 2010

A Preguiça

Comecemos pelas cordialidades, bom dia,boa tarde ou boa noite, pois não sei a que horas vocês vão ter coragem de ler este texto, já que eu mesmo, o próprio autor não tive tanta coragem para escreve-lo. "Acho que a preguiça me caiu bem"
Algumas pessoas me chamavam de "preguiçoso", eu nem ligava pra isso, achava até graça, pois também me sentia um pouco "preguiçoso". E bem, quando fui convidado a dividir o palco com 6 outros pecados, pensei, que pecado é mais a minha cara, confesso que cogitei a "Gula", apesar de ser bem magrinho, me acho bem guloso, mas ao me informarem que eu teria que escolher entre a inveja e a preguiça.Foi como se a palavra "PREGUIÇA" tivesse me flertado e me chamado pra sair e em resposta a esse flerte, falei-lhe: " vamos, você tem tudo haver comigo, vamos nos dar muito bem, vai ser fácil", o preconceito é algo horrível.
Me enganei completamente, quando comecei a ler, assistir e ouvir sobre a preguiça, tudo mudou, aquelas pessoas que me chamavam de "preguiçoso", lembra? comecei me sentir mais insultado do que me chamarem de " filho-da-p***", alais isso sei que não sou, mas preguiçoso será que sou?
Então percebi que preguiçoso não é só aquele que fica sentado no sofá, assistindo tv e "dormindo nas horas vagas" mas o preguiçoso é alguém que procrastina, que deixa tudo pra depois, reação muito comum na adolescência, uma pessoa que sabe que tem que fazer e não faz ,por achar que pode ser feito depois. Já no sexto para o sétimo mês de ensaio, minha concepção de "preguiça" mudou muito e acho que ainda tem muito a mudar, há sempre mil e uma possibilidades de passar ou fazer alguém sentir algo, mas de uma coisa tenho certeza vocês vão se sentir parte de mim, mais do que imaginam

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Avareza


Penso que a maior dificuldade em ter que construir o personagem "Avareza" está no fato de este, talvez, ser o pecado menos estudado. As pessoas em geral tem uma opinião muito superficial quanto à avareza. Eu mesmo me descobri sem profundidade no conhecimento desse assunto.
Quando eu fui pré-selecionado pelos integrantes da companhia para fazer tal personagem, eu me vi muito perdido. Comecei, então, fazendo uma série de pesquisas para perceber tudo quanto eu conseguisse perceber sobre a avareza e descobrir qual linha interpretativa eu iria seguir. E os resultados não foram muito agradáveis! Eu só conseguia coisas relacionadas ao Tio Patinhas, ao Judas e ao dinheiro. E eu não pretendia seguir nenhuma dessas vertentes por motivos óbvios: Fora de cogitação alicerçar um personagem no Tio Patinhas; Quanto ao Judas, preferi tocar no seu nome de uma maneira muito mais subjetiva. É inegável a assimilação do nome Judas à avareza por muitos, porém eu particularmente não sei se é uma assimilação justa; No tocante ao dinheiro, eu não queria cair em algo supérfluo e previsível. Como a proposta não é mostrar o efeito do pecado, e sim SER o pecado, eu não poderia comprometer o espetáculo focando minha relação apenas no dinheiro.
Foi quando eu comecei a estudar mais a fundo e comecei a perceber coisas que antes nunca havia assimilado à figura avareza. Um dos pontos que mais me chamaram a atenção foi a carência, a necessidade quase que letal de não se sentir desprovido de nada, repito, nada. Pessoas avarentas tem um interior frio e oco. Acumulam coisas pretendendo se auto-preencherem, como se não estivessem satisfeitas com o que há por dentro delas mesmas. Penso que não existe nada pior do que estar insatisfeito com seu interior... O ser humano, HUMANO do jeito que é, inventa as maiores loucuras pra sair dessa sensação tão desesperadora, no caso da avareza, se satisfazendo com o que há por fora, tentando pôr isso pra dentro como se pudesse fazer isso. A idéia de posse, de manipulação, de poder sobre alguma coisa, traz a falsa idéia de preenchimento, mas só gera mais apego. Essa insatisfação constante alimenta uma idéia absurda de querer tudo para si, absolutamente tudo quanto puder.
Baseado nesses pontos principais enumerados acima e em outros secundários, fui absolvendo todas essas informações e começando a trabalhar a idéia de Avareza, não de Avaro, dentro de mim. Montei várias idéias, desde as mais estapafúrdias até as mais simples. A idéia que mais me instiga é a idéia de mostrar o lar da Avareza. Se eu fosse um dia convidado a ir à residência da Avareza, como seria? O que eu encontraria lá? Possivelmente algo que eu já tive e ela roubou, não é? hehehe. Estou trabalhando nessa idéia e tendo uma nova concepção atrás da outra. Sem mais insinuações sobre a minha cena. Espero não decepcionar o público. Vocês vão ter que conferir este trabalho que ainda vai dar muuuuito o que falar!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Luxúria


Bem quando lancei a idéia de fazermos o espetáculo não fazia idéia de que pecado seria, a escolha dos pecados para cada ator foi feita em conjunto, visando sempre alguns perfis que cabiam na persona do pecado, como eu (Silas Samarky) além de ator sou bailarino não foi difícil ser escolhido para fazer a luxúria, já que o corpo é o seu eixo. Confesso que é o pecado capital que mais gosto, não é o que mais pratico, mas é o que mais gostaria de praticar (risos).

Um dos meus apelidos, não tenho muitos, mas tenho alguns, é vermelho por que dizem que comigo tudo acaba em morte ou em sexo.

Enfim... Para eu fazer a luxúria vai ser um desafio, mas além de tudo “prazeroso”. Espero que seja prazeroso para quem vai assisti também, eu farei de “tudo” pra que seja!

Eu vejo a persona luxúria com muita força, a imagino muito magnética, com uma energia que percorre o corpo em segundos trazendo uma sensação arrebatadora de prazer e satisfação. Quando experimentei a luxúria por algumas vezes, tanto cenicamente como particularmente, senti sem sombra de duvidas, um poder inigualável, fazendo-me centro do universo. Talvez seja esse poder que torne pra mim o pecado mais intrigante, tenho a impressão que a fome da luxúria é insaciável, e pra ser sincero nem sei se acho isso tão ruim.

Até por que as coisas começam a pesar para o lado negativo quando elas tomam proporções enormes na nossa vida, quando fazemos de algumas gotas d’água, mar de única vertente. Porém eu “luxúria” quero que se encharquem nesses prazerosos banhos em ondas inquietas. A pesar que sete são os mares!

Silas Samarky

Integrantes

A idéia de reunir o grupo veio depois que assisti a alguns espetáculos, um ou dois, que abordavam o tema “os sete pecados capitais” e que me deixaram com a seguinte pergunta na cabeça: se pudesse ver o pecado como é que ele seria?

Então, eu decidi chamar algumas pessoas que já dividiram o palco comigo, que eu achasse que faria bem determinados pecados, já que os vi atuando tinha esse critério de encaixes de perfis, para juntos responder a pergunta.

Conversei primeiro com Miguel e Prit, expus a idéia e eles embarcaram comigo, depois fiz o convite à Raiza, que eu a via fazendo perfeitamente a ira. Como Diego é muito amigo dos irmãos Miguel e Raiza e já trabalharam juntos no Temporis e no Circulus Popularis (grupo vinculado ao Geraldão), o indicaram para também fazer parte do grupo, enquanto eu fazia o convite a Dennis e a Rafael.

Com os sete atores formados o próximo passo seria colocar a mão na massa, com estudos, pesquisas, trabalhos corporais, exercícios que trariam o pecado a olho nu. E isso se fez.

Ficou decidido então que eu faria a Luxúria, Raiza a Ira, Miguel a Avareza, Diego a Gula, Dennis a inveja, Prit a Vaidade e Rafael Preguiça.

Mas depois de um tempo, por problemas pessoais, saíram Dennis e Rafael, deixando-nos um problema bastante grande: faltavam agora recrutar dois pecados, num grupo onde a energia estava fluindo perfeitamente, a união era o nosso ponto forte.

Pensando em quem convidar, chegamos através dos meninos do Temporis (Miguel, Raiza, Diego e Prit) a Iorrana e Caio que passaram a estudar: Iorrana a Inveja e Caio a Preguiça. Com o grupo completo outra vez, mais trabalho. Prit, também por problemas particulares, começa a faltar, fazendo desandar outra vez o equilíbrio do grupo.

Foi quando que, em conjunto, decidimos chamar Karine para suprir a falta de Prit. Karine, que é amiga de Iorrana. Trabalham ainda hoje no Geraldão. Antes que Karine chegasse, Iorrana decidiu trocar a inveja pela Vaidade deixando Karine com a inveja.

Forma-se o grupo que atualmente trabalha no Cia SETEATHOS de Teatro. Com a mesma, se não melhor, união de antes, fazemos o espetáculo em total consenso e entrelaçamos nossas forças para sair um bom trabalho.

Silas Samarky

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Espetáculo

O espetáculo Seth deu inicio a Companhia SETEATHOS de teatro em 7 de julho de 2009, com o propósito de indaga as formas, tanto físicas quanto emocionais, dos sete pecados capitais. Respondendo a seguinte pergunta: Se podessemos ver o pecado, como ele seria?

Um espetáculo cuja definição é busca uma forma diferente e performática para falar no palco sobre um assunto que na vida nos foi doado como imperfeição.

As cenas uma a uma revelarão cada pecado, com a difícil missão de embalar o publico em suas prazerosas características. Será irresistível não senti-los!

A Vaidade, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula e Luxúria farão de nós marionetes de suas vontades e nos entregarão a liberdade de senti-las sem o preço do final.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Cia SETEATHOS


Espaço de Divulgação do Grupo SETEATHOS

Desde 7 de julho de 2009, é formada pelos atores

_Caio Delmas
_Dhyego Mardier
_Emmanuel Nabuco
_Iago Dzetell
_Iorrana Santos
_Izza Alifer
_Karine Rodrigues
_Silas Samarky

Atualmente o grupo dedica-se à composição da obra "SETH", um projeto elaborado por todos os integrantes com data de estréia prevista para o dia 7 de julho de 2010.