
Bem quando lancei a idéia de fazermos o espetáculo não fazia idéia de que pecado seria, a escolha dos pecados para cada ator foi feita em conjunto, visando sempre alguns perfis que cabiam na persona do pecado, como eu (Silas Samarky) além de ator sou bailarino não foi difícil ser escolhido para fazer a luxúria, já que o corpo é o seu eixo. Confesso que é o pecado capital que mais gosto, não é o que mais pratico, mas é o que mais gostaria de praticar (risos).
Um dos meus apelidos, não tenho muitos, mas tenho alguns, é vermelho por que dizem que comigo tudo acaba em morte ou em sexo.
Enfim... Para eu fazer a luxúria vai ser um desafio, mas além de tudo “prazeroso”. Espero que seja prazeroso para quem vai assisti também, eu farei de “tudo” pra que seja!
Eu vejo a persona luxúria com muita força, a imagino muito magnética, com uma energia que percorre o corpo em segundos trazendo uma sensação arrebatadora de prazer e satisfação. Quando experimentei a luxúria por algumas vezes, tanto cenicamente como particularmente, senti sem sombra de duvidas, um poder inigualável, fazendo-me centro do universo. Talvez seja esse poder que torne pra mim o pecado mais intrigante, tenho a impressão que a fome da luxúria é insaciável, e pra ser sincero nem sei se acho isso tão ruim.
Até por que as coisas começam a pesar para o lado negativo quando elas tomam proporções enormes na nossa vida, quando fazemos de algumas gotas d’água, mar de única vertente. Porém eu “luxúria” quero que se encharquem nesses prazerosos banhos em ondas inquietas. A pesar que sete são os mares!
Silas Samarky