sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Postura do Ator


Não quero iniciar um curso, “ A forma correta de Encena “, muito mesmo ditar normas e regras pra ninguém .E sim dizer o que move de verdade uma cena , um espetáculo , é a paixão por teatro . O amor do fazer teatro é o essencial principalmente no Teatro Pernambucano que não se tem uma abertura rápida . A verdadeira postura do ator é doar-se aquilo que se propõem a fazer, quando há a doação tudo Flui. E nunca pensar em fazer o perfeito até porque nunca irá, a busca tem que ser pelo aperfeiçoamento e não pelo perfeito. O ator é criador da sua imaginação a partir da observação cotidiana, o auto-conhecimento é fundamental na criação de um “papel” teatral, ainda mais num trabalho como "Oráculo" onde nós atores nos tornamos criadores e criaturas, onde o trabalho é construído diante as coisas que levamos do externo para o interno, ou do nosso interno para o externo, que é o trabalho . O ator também se baseia em estímulos visuais, sonoros, textos e outros, previamente já concebidos pelo mesmo ou criados através de improvisações individuais ou coletivas. A pesquisa do trabalho e a busca da fundamentação da performance é primordial.

Izza Alifer

A Caixa de Pandora o Oráculo

Presentes

Diante as nossas pretensões de vida subimos degraus ou descemos
Somos aquilo que queremos ser... Ter ou vender
Somos retratos... Com a família uma pose, com os amigos outra, sozinhos outra
Temos desejos incontroláveis... Verdades que são maiores mentiras
Assumimos para nós o perfeito, o belo... A nossa maior imperfeição
Vivemos de regras quebradas, tecnologias avançadas... E depressão,
tédio, remédios
No que somos perfeitos é que erramos... Com maestria é claro
Silenciamos quando era pra se gritar... Gritamos no mais profano silêncio
Não que tudo isso seja errado... Porque o erro não existe
O que existe são presentes que damos ou recebemos... Onde a consciência está no fundo.

Silas Samarky

Vaidade


Até que ponto você iria pela sua vaidade?Tem gente que vai longe e acaba alcançando a monstruosidade. Acredito que alguns de vocês já ouviram aquela frase: "se melhorar estraga" pois bem,
Não é fácil viver numa sociedade onde os valores são reduzidos a dinheiro e beleza, mas também não é impossível. Porque o que se é, jamais mudará. Cedo ou tarde, a carcaça cai e o que fica são os seus valores éticos, intelectuais, valores que dinheiro algum pode comprar e que, quando são reconhecidos, dificilmente são esquecidos.
A vaidade, é o desejo exagerado de atrair a admiração dos outros, tornando-se uma pessoa fútil, presunçosa e instável.

é uma qualidade para enfrentar o mundo, o problema é quando vira uma obsessão e cai no narcisismo.
Estamos vivendo um tempo em que a imagem tem um peso muito grande, e nesse tempo o narcisista anda nadando de braçada".

Iorrana Santos

Estréia





"ORÁCULO"


Oráculo é um trabalho que junta o teatro performatico, o teatro físico e o teatro dança. Tomamos para encenar o mito de Pandora, um mito grego, como resultando na relação hoje vivida dos homens, relação de carne, voraz, instável. Ganhamos dos deuses "males" que hoje atentam nosso bem convívio, ganhamos o modernismo, a era tecnológica, a vaidade, sexo, ganhamos o prazer de ser livre, decidir ser ou não ser algo, viver as margens. Mas deixamos ao espectador a necessidade de colocar na balança do bem ou mal, bom ou ruim. o trabalho é resultado de um período de experimentação para um outro trabalho em processo de montagem paralelo a esse, o espetáculo "Seth", sobre os Sete Pecados Capitais, cujo faremos menção no Oráculo. O espetáculo não tem texto como base e sim o gestual, a utilização do corpo para dar a força e intensidade do mito escolhido. 

Elenco:                                        Personas:
Caio Delmas                                 Narciso
Dhyego Mardier                            Hades
Emmanuel Nabuco                        Prometeu
Iago Dzetell                                  Zeus
Iorrana Santos                              Pandora
Karine Rodrigues                          Afrodite
Silas Samarky                               Dioniso


Direção: Silas Samarky
Sonoplástia: Ellielton Leite
Iluminação: Izza Alifer
Cenografia e Maquiagem: Criação Coletiva


Cia SETEATHOS de Teatro